Control

10 02 2008

O filme de que vos vou falar já está a sair das salas de cinema, estando actualmente em exibição apenas no distrito de Santarém, pelo que fica o aviso, para quem ainda não viu, para que não o percam quando sair nos videoclubes.

Control foi sem dúvida um dos filmes mais aguardados do ano, contando a história dramática de Ian Curtis, líder e vocalista dos míticos Joy Division. O filme baseia-se parcialmente no livro biográfico Touching From A Distance, escrito pela viúva do cantor, Deborah Curtis (também co-produtora do filme), onde relata a sua vida ao seu lado, e foi realizado pelo reconhecido fotógrafo Anton Corbijn. A história do filme retrata a vida de Ian Curtis desde os tempos de adolescente fã de David Bowie, Lou Reed e Iggy Pop, as relações do músico com a mulher e a amante, a sua batalha contra a epilepsia e o caminho para a glória até ao momento do seu trágico suicídio a 18 de Maio de 1980, na véspera da primeira digressão dos Joy Division nos Estados Unidos, que se desenhava como um novo triunfo para a banda.

Para quem não é conhecedor da banda, os Joy Division são uma das bandas pioneiras do movimento pós-punk dos finais dos anos 70 que mudou a face da música, constituindo uma referência para as gerações de músicos que se sucederam, inclusive até aos dias de hoje onde a sua influência é notória em bandas como The Killers ou She Wants Revenge, tendo Ian Curtis como figura emblemática.

A imagem durante todo o filme é feita a preto e branco de modo a melhor reflectir a atmosfera criada pelos Joy Division e o estado de espírito da época em que a banda surgiu, possuindo uma beleza incrível. O filme é protagonizado pelo estreante Sam Riley, numa actuação impressionante, e pela actriz Samantha Morton (na pele de Deborah). Obrigatório para os fãs da banda, o filme é no entanto apelativo demais para se esgotar neste público, sendo que certamente irá agradar até aqueles que não estão familiarizados com a sua música ou com o legado de Curtis. Imperdível…

 

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