Destaques do mês de Maio

4 07 2008

Com considerável atraso, mas aqui vai…

Moonspell – Night Eternal

Falar dos Moonspell é falar da maior banda de metal portuguesa e isto é um facto incontornável, por muito que doa a muita gente do nosso pequeno burgo, embora também haja quem fique de peito inchado sem grande razão para isso devido a questões de nacionalismos pacóvios. Por isso não deve ser surpresa nenhuma para os que assistem com alguma atenção ao “fenómeno lunar da Brandoa” as verdadeiras manifestações de amor e/ou ódio a que a banda é submetida. A verdade é que alguns dos argumentos usados pela facção do ódio começam a ceder perante a qualidade incontornável da banda que ao fim de cerca de 14 anos onde figuram mais de uma dezena de lançamentos divididos entre álbuns, EP’s, singles e compilações parece resistir incólume ao passar do tempo e com força renovada nos últimos lançamentos. O retorno às sonoridades do início da carreira, com o seu apogeu na regravação do mítico EP Under The Moonspell e da não menos mítica demo-tape Anno Satanae parecem ter injectado nova vida no projecto, sucedendo-lhe um álbum com capacidade de satisfazer os mais críticos e exigentes fãs da banda, especialmente aqueles que, como eu, se sentem deliciados com a sua faceta mais pesada. Apesar do apaziguamento com o passado mais longínquo, Night Eternal não é um rebuscar de ideias estafadas e laceradas pelo tempo e uso nem tão-pouco uma desconexão com o que a banda produziu nos tempos subsequentes. Este álbum representa um passo em frente relativamente a Memorial, partindo da base Black / Death Metal exposta neste e adicionando-lhe os elementos góticos de álbuns como Irreligious, resultando no álbum mais negro, pesado e sólido dos últimos tempos, com composições onde a banda revela toda a sua maturidade. Apesar de ser um álbum construído em torno de riffs pesados, a atmosfera mais intimista da banda não é descurada com teclados imponentes e boas melodias de guitarra a marcarem a sua presença, havendo ainda espaço para um belo dueto com Anneke Van Giersbergen (ex-vocalista dos The Gathering) e coros de vozes femininas da responsabilidade das Crystal Mountain Singers, Carmen Simões (Ava Inferi), Sophia Vieira (Cinemuerte), que já havia participado em Memorial no tema Luna, e Patrícia Andrade (The Vanity Chair). Destaque ainda para a óptima produção, cortesia de Tue Madsen, dando o seu contributo para a viciante combinação de elementos apresentados naquele que se inclui nos melhores álbuns editados pelos Moonspell até à data.

http://www.moonspell.com/
http://www.myspace.com/moonspell

Warrel Dane – Praises To The War Machine

Warrel Dane

Quando um músico estabelecido numa das bandas mais respeitadas dentro do seu género decide lançar um álbum a solo, qualquer fã espera ansiosamente contra a incerteza do que poderá ser o resultado na esperança que este não seja um desastre completo. Normalmente, uma de duas coisas acontece: ou o álbum é demasiado semelhante ao trabalho já desenvolvido na própria banda ou é uma mudança radical para uma sonoridade completamente diferente. Praises To The War Machine, primeiro lançamento em nome próprio de Warrel Dane, vocalista dos Nevermore, é um álbum que se enquadra bem no meio dessas duas situações, sendo consideravelmente diferente daquilo que a banda tem criado ao longo da sua carreira mas ao mesmo tempo não se afastando muito do som característico para o qual o vocalista tem contribuído com todo o seu imenso talento. A maioria dos fãs poderão ficar descansados em saber que esta estreia, apesar de possuir uma identidade diferente daquela a que os Nevermore nos têm habituado, está ao nível dos padrões de qualidade que seriam expectáveis de uma personalidade como é o seu vocalista. Não obstante, alguns fãs da banda poderão sentir-se um pouco desiludidos por não encontrarem alguns dos atributos conhecidos da banda neste trabalho. Tirando já qualquer dúvida, trata-se de um álbum de Metal mas que assenta mais em bons e memoráveis riffs e uma escrita de canções sólida do que em habilidade técnica e músicas com estruturas progressivas. Alguns dos elementos expectáveis estão presentes mas existe muito território inexplorado anteriormente, traduzindo-se num álbum muito melódico onde pontificam algumas guitarras bastante pesadas e bombásticos riffs. Apesar do trabalho dos músicos convidados para esta aventura do Sr. Dane ser irrepreensível, havendo até alguns solos de excelente qualidade para qualquer fã de virtuosismos “guitarrísticos”, o destaque vai todo para a voz, o que acaba por ser um ponto favorável finalmente ouvir o vocalista a comandar a música em vez de ter o centro das atenções dividido com outros músicos igualmente talentosos, como acontece em Nevermore. Ao longo do álbum somos levados pela versatilidade de um dos melhores vocalistas da cena actual, desde as melodias cantadas de modo mais suave até aos vocais mais rasgados, com o seu característico registo emotivo e pleno de sentimento, que aqui encontram terreno fértil para se expandirem, num trabalho que é também mais intimista do que o habitual na sua banda. Acompanhado por músicos como Matt Wicklund (guitarra, ex-Himsa), Peter Wichers (guitarra, ex-Soilwork) e Dirk Verbeuren (bateria, Soilwork), o álbum conta ainda com o brilho especial dos guitarristas Jeff Lomis (Nevermore) e James Murphy (Death, Testament, Obituary) que participam com solos, e a inclusão de uma cover dos Sisters Of Mercy (Lucretia My Reflection), numa versão bem mais pesada, e ainda uma versão para a música Patterns de Paul Simon onde apenas “sobrou” a letra da versão original. Um álbum que vale a pena conferir.

http://www.warreldane.com/
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Destaques do mês de Abril

10 05 2008

Testament – The Formation Of Damnation

Testament

Nove anos (quase uma década!) separam o novo lançamento de originais desta banda do seu antecessor, o genial The Gathering, provavelmente o melhor álbum de Thrash Metal editado nos últimos anos e que constitui um marco na carreira da banda e do Metal no final do milénio passado. Os resultados obtidos nesse álbum, surpreendentes para muitos, talvez não o fossem tanto tendo em conta o verdadeiro “elenco” de luxo reunido nessa altura: aos resistentes da formação clássica dos anos 80, o guitarrista Eric Petterson e o vocalista Chuck Billy, juntaram-se o guitarrista James Murphy (Death, Cancer, Obituary), o baixista Steve DiGiorgio (Death, Sadus) e o baterista Dave Lombardo (Slayer, Fantômas). Uma autêntica reunião de “semi-deuses”, fazendo jus ao próprio nome do álbum, que lamentavelmente viria a ser curta na história da banda. História esta que se revelaria bastante atribulada nos anos seguintes… Dois anos após este lançamento, a banda viu o seu futuro tornar-se bastante sombrio com a notícia dos problemas de saúde em que Chuck Billy viu-se evolvido, a braços com uma forma de cancro que ameaçou a sua vida numa altura em que a comunidade ainda não se tinha refeito do choque da situação vivida por Chuck Schuldiner, líder dos Death (que acabaria por morrer em Dezembro de 2001). Felizmente o “mundo metálico” não assistiu à partida de mais um dos seus melhores artistas. Ainda nesse ano, e mesmo com as dificuldades causadas pelo tratamento de Chuck Billy, é lançado um álbum de regravações dos temas clássicos da banda com o nome de First Strike Still Deadly (alusivo a um dos temas lançados no início da carreira), já contando com o retorno de mais um dos elementos da sua formação clássica, o talentoso guitarrista Alex Skolnick, e debelada a doença do vocalista, a banda regressaria aos palcos em 2003. Em 2005 é anunciada uma digressão europeia de reunião do line-up clássico da banda, com o retorno de Greg Christian no baixo e a participação do baterista Louie Clemente em algumas datas. Chegando assim ao ano 2008 com o anúncio de um novo álbum, desta feita com 4/5 da sua formação clássica e agora acompanhados por mais um talentoso músico, o baterista Paul Bostaph (Forbidden, Slayer, Exodus), a curiosidade em torno do novo trabalho e de como esta formação responderia ao anterior trabalho após este longo hiato era mais que muita, agravado pelo facto de ser a primeira vez desde há muito tempo que este line-up se reuniria para compor novo material. Qualquer dúvida que existisse foi agora completamente desfeita: The Formation Of Damnation é um disco à altura da carreira dos Testament. Pegando onde The Gathering tinha ficado, com toda a energia que o grupo apresentou e todos os elementos modernos de metal musculado e melódico, contemplamos ainda um pequeno retorno à sonoridade da banda nos finais dos anos 80 em detrimento dos elementos mais Death Metal do trabalho anterior. O álbum é bastante coeso, com peso e velocidade sem exagero e um trabalho de guitarra cheio e melódico, frenético em momentos particulares. O desempenho de Chuck Billy é fenomenal, recorrendo menos aos tons guturais e dando mais destaque para as vozes mais rasgadas que domina com mestria. O desempenho de Bostaph é também fenomenal, e na verdade a banda soa tão coesa que não dá para destacar ninguém individualmente, valendo pelo colectivo e pelo trabalho contagiante que fará as delícias dos apreciadores do género. Numa altura em que se vive um revivalismo no género com o aparecimento de bandas a recriarem a sonoridade desenvolvida nos anos 80, estes veteranos regressam em grande para mostrar às novas gerações como se faz. Estamos perante o retorno de uma das mais influentes bandas do género, trazendo-os de volta ao lugar merecido como banda de topo do movimento Thrash Metal. Numa carreira que já conta com 25 anos às costas desde o primeiro lançamento, ainda ter forças para apresentar um trabalho cheio de vigor e relevância como este é obra!!!

http://www.testamentlegions.com/
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Whitesnake – Good To Be Bad

O outro destaque deste mês é mais um retorno. Um que talvez poucos ainda acreditassem vir a ser possível… A novidade que dá pelo nome de Good To Be Bad é já o 11º álbum de originais lançado pelos Whitesnake e o primeiro a ver a luz do dia desde há muito tempo… Dez anos, para ser mais preciso, separam este álbum do anterior Restless Heart, o qual foi inicialmente previsto ser lançado a solo pelo vocalista e fundador do projecto David Coverdale, mas que por pressão da editora acabaria por ter associado o nome Whitesnake, saindo com a estranha designação de “David Coverdale & Whitesnake” e lançando a confusão entre os fãs. Coverdale acabaria finalmente por encetar uma carreira a solo lançando em 2000 o álbum Into The Light, virando-se para o Rock em versão mais bluesy do início de carreira dos Whitesnake. Esta opção acabaria por ser curta, com Coverdale a reformular os Whitesnake aquando do vigésimo quinto aniversário da banda para uma série de concertos. Esta nova reencarnação não viria a quebrar o hiato no que a novos lançamentos diz respeito, tendo o jejum sido saciado apenas em 2006 com o lançamento de um duplo-CD ao vivo com o nome Live… In The Shadows Of The Blues e a inclusão de 4 faixas inéditas em jeito de bónus. Sabendo a pouco, estas 4 músicas, que no geral revelam ser interessantes q.b., acabariam por não evitar algumas dúvidas quanto à vitalidade desta nova era dos Whitesnake, apesar das irrepreensíveis e entusiasmantes actuações em palco do grupo. A magia em palco era notória, mas se essa magia funcionaria na elaboração de novos temas num trabalho de longa-duração era um factor que viria a levantar muita curiosidade entre os fãs para com o anunciado novo lançamento de originais que chegou agora às lojas em Abril. Após uma audição atenta, o mínimo que se pode dizer é que quem esperou por este lançamento não estará certamente desiludido com o resultado. O álbum vem provar que a banda ainda tem bastante combustível para manter a chama acesa. Todos os elementos que tornaram a banda famosa nos anos 80 se encontram presentes, estando a sonoridade próxima da desenvolvida nos álbuns Slide It In, 1987 e Slip Of The Tongue, conseguindo ainda apresentar algumas surpresas com músicas em toada ligeiramente mais bluesy na segunda metade do álbum, num pacote recheado com composições interessantes. Nas canções contidas no CD encontram-se riffs do melhor que o Hard Rock consegue produzir nos dias de hoje, com óptimas melodias, onde não faltam músicas capazes de fazer as delícias de qualquer fã do género, pontuadas por baladas de bom gosto a que a banda já nos habituou ao longo dos anos. Mas acima de tudo temos aquela voz… A Voz, única, inconfundível e lendária do Mestre Coverdale. O tempo parece não fazer grande mossa neste senhor, continuando a ter uma actuação arrepiante numa carreira que já leva mais de 30 anos, desde os tempos em que deu voz aos Deep Purple, marcando eternamente o seu nome nas páginas da história do Rock. Igualmente digna de destaque é a dupla de guitarristas formada por Doug Aldrich (Dio) e Reb Beach (Winger, Dokken), mais nomes a juntar aos de um passado marcado por guitarristas de elevada categoria onde se incluem Adrian Vandenberg, John Sykes ou Steve Vai. Fossem outros os tempos e este álbum estaria talhado para ter um airplay e exposição mediática enorme, produzindo hit após hit, mas já todos sabemos o espaço a que o Rock foi votado nos dias de hoje, e como tal não se espera que Good To Be Bad venha a ter a notoriedade que lhe é merecida. Para quem quiser romper as tendências actuais ou apenas desfrutar de um bom álbum de Rock, está perante um CD altamente recomendável.

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Destaques do mês de Março

5 04 2008

Meshuggah – obZen

obZen

Cada novo lançamento desta banda oriunda da cidade de Umea, Suécia, é já esperado com grande expectativa por parte da comunidade devota às sonoridades do Heavy Metal. Muito deste hype em torno da banda deve-se à sua constante capacidade de experimentação e inovação. Praticantes de uma sonoridade apelidada por uns de Techno-Thrash (entenda-se que o termo Techno aqui aplicado deriva de Technical ou Technology e nada tem a ver com qualquer forma de Dance Music e afins) ou Math Metal por outros, os Meshuggah caracterizam-se desde bastante cedo na carreira por não cederem às regras impostas pelos estilos mais clássicos do Metal. Quando em 2005 lançaram o álbum Catch Thirty-Three a crítica especializada não hesitou em tecer-lhes os mais rasgados elogios e muitas foram as publicações que se prontificaram a aclamar o álbum como o melhor desse ano na categoria Metal. Facto curioso é que este reconhecimento estendeu-se igualmente aos mais variados músicos dentro da cena, sendo o nome mais mediático deste lote o dos Tool, outra das bandas em grande destaque actualmente, que depressa se aprestou a encetar digressões conjuntas, contribuindo assim para a aura de respeito criada em torno deste quinteto. No entanto, este mesmo lançamento que propiciou uma ainda maior elevação de estatuto e culto à banda veio também dividir um pouco alguns dos seus fãs devido exactamente ao facto desta se aventurar na experimentação… em demasia. Composto por 13 faixas, este álbum é na realidade uma única longa música dividida em várias faixas, sendo muitas simples variações em torno de um único riff, perfazendo um total de 47 min. A novidade agora lançada é mais tradicional em termos da estrutura das músicas mas a banda continua a proporcionar riffs complexos com tempos pouco usuais, já autênticos trademarks do quinteto, pelo que se poderá dizer que se trata mais propriamente de uma nova fase na sonoridade da banda ao invés de um retrocesso a uma sonoridade já ultrapassada e mais confortável para o grupo, reformulando velhos truques e dando-lhes um ar de novidade como é frequente. O resultado consiste em 9 músicas distintas entre si, mais facilmente assimiláveis e a recuperar o groove do Thrash dos álbuns mais antigos, mas com a densidade e o sentido de profundidade dado pelos lançamentos mais recentes. Com construções rítmicas verdadeiramente fascinantes, o novo material soa agressivo e atmosférico em iguais proporções, tornando-se hipnótico em certos momentos muito graças a repetições de riffs que se prolongam pelo tempo absolutamente necessário para o efeito. Ao contrário das restantes bandas do movimento Math Metal, os Meshuggah conseguem explorar e alargar os limites de um estilo de música mantendo-se na ténue fronteira daquilo que é um formato musical compreensível para os ouvintes e o lançamento no vazio da experimentação sem sentido e divagação masturbatória de técnica e “instrumentalismo” comum a muitos dos seus pares. A sensação que se tem perante a música desta banda é a de estarmos perante um caos controlado onde o tempo, em vez de parar, deixa de ter sentido. Para aqueles que acompanham a carreira do grupo, a segurança de que obZen não irá decepcionar. Para os restantes, não estamos perante uma banda consensual e onde alguns poderão ver estruturas complexas e técnicas insidiosamente sedutoras, outros poderão ver barulho saturado e repetitivo desprovido de nexo. Não obstante qual a opinião a ter, a certeza de que se trata de uma banda singular e única.

http://www.meshuggah.net/
http://www.myspace.com/meshuggah


Mercenary – Architect Of Lies

Architect Of Lies

Apesar de não ser um dos primeiros países do cenário europeu que nos vem à cabeça quando se fala em termos de possuir um bom catálogo de bandas de metal, como o são actualmente a Suécia, a Noruega ou a Finlândia ou como tem sido o Reino Unido intermitentemente ao longo dos tempos, para citar alguns exemplos, a verdade é que a Dinamarca tem revelado uma cena em franco crescimento com potencial para se tornar no epicentro de uma nova renovação no “Som Eterno” e que pode vir a produzir nomes importantes ao mundo do Metal num futuro não muito longínquo. Na cena dinamarquesa actual, uma das bandas que merecem destaque e servem de exemplo para o potencial existente é sem dúvida estes Mercenary que ao longo da sua carreira têm debitado novos trabalhos de qualidade com regularidade, chegando assim ao seu quinto álbum de longa duração. Partindo de uma base de Death Metal melódico muito ao estilo da escola Sueca, com bandas como In Flames e Soilwork à cabeça, é no entanto difícil de catalogá-los especificamente neste género devido à combinação com elementos de Heavy/Power Metal que dão outra dimensão à música destes dinamarqueses. Por muito incoerente que possa parecer, a banda consegue combinar ambos os mundos e qualquer um dos géneros parece ter igual influência, pelo que se poderá dizer que a banda apresenta predicados que poderão agradar a fãs de ambos os estilos. Não obstante estarmos perante uma banda que possui óptimos músicos, podemos dizer, sem risco de injustiça, que a principal força motriz do projecto reside na voz, trabalho este dividido pelos vocalistas Mikkel Sandager, responsável pelas vozes limpas, e pelo também baixista Rene Pederson que interpreta as vozes mais ríspidas, o que permite à banda possuir combinações invulgares na sonoridade desenvolvida e realçar de forma eficaz a voz limpa do vocalista. Num trabalho desenvolvido numa base de bons riffs e ritmos, não faltam ocasionais bons solos de guitarra, que nunca chegam a extrapolar para o território do virtuosismo pacóvio, e ambiências proporcionadas por teclados equilibrados. Talvez não sendo o melhor álbum da carreira do grupo até à data, é sem dúvida um bom motivo para que quem ainda não lhes deu atenção se redima. Resta saber se será este o álbum que lhes trará maior reconhecimento.

http://www.mercenary.dk/
http://www.myspace.com/mercenarydenmark

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Destaques do mês de Fevereiro

4 03 2008

Porcupine Tree – Nil Recurring

Porcupine

Chegou aos escaparates a reedição deste EP, editado em versão digipack em Setembro do ano passado e que rapidamente esgotou, agora em caixa de CD “normal”. Nil Recurring é composto por 4 faixas compostas durante as sessões do último álbum, editado o ano passado, perfazendo 29 minutos. Não estamos aqui propriamente a falar de simples leftovers sem qualidade e que apenas vêem a luz do dia por graça da banda ou por oportunismo da editora para explorar até não dar mais um filão do seu catálogo que esteja na crista da onda e enquanto ainda há possibilidade (leia-se ainda está na moda…), como muitas outras edições por aí já nos habituaram. Ouvir as faixas contidas nesta rodela dá que pensar quais serão exactamente os critérios que fazem com que uma banda opte por pôr de lado certas músicas em função de outras num determinado disco de longa duração, pois certamente não iriam chocar ninguém se fossem incluídas no seu antecessor ou no próximo álbum a editar, embora pese a proximidade aos ambientes mais carregados explorados em Fear Of A Blank Planet e que fazem deste álbum aquele que revela a faceta mais pesada da banda. Faceta essa que tem sido mais notória desde que Steve Wilson, principal elemento criativo, encetou colaborações com bandas como Opeth, fornecendo os seus serviços de produtor. Os típicos riffs pesados de guitarra usados nos trabalhos mais recentes aliam-se às ambiências atmosféricas e melodias memoráveis bem ao jeito da banda na criação de música de contornos progressivos e experimentais, capaz de agradar a qualquer apreciador do género. Espaço para uma música instrumental (que abre o EP) que remete para o lado mais psicadélico da banda, e que conta com a participação de Robert Fripp da lendária banda de rock progressivo King Crimson, e para elementos electrónicos subtis que se enquadram perfeitamente na música da banda, demonstrando que os Porcupine Tree são um caso sério a ter em conta no espectro do Rock / Metal progressivo. Se é que ainda existiam dúvidas disso…

http://www.porcupinetree.com/
http://www.myspace.com/porcupinetree
Outros destaques


Hate Eternal – Fury And Flames

Hate Eternal

O 4º álbum do projecto liderado pelo guitarrista / vocalista / compositor / produtor Erik Rutan é mais um trabalho de Death Metal avassalador. Trabalhando com um line-up totalmente renovado que conta o baterista Jade Simonetto, o guitarrista Shaune Kelley (ex-Ripping Corpse) e com Alex Webster no baixo (dos Cannibal Corpse), Erik apresenta-nos um trabalho bem pesado e brutal, com um elevado tecnicismo associado, bastante superior aos padrões actuais da maioria dos trabalhos dentro do estilo. As faixas desenrolam-se num ritmo frenético, disparando blastbeats e riffs de guitarra frenéticos e demolidores, sem grande espaço para melodias, um pouco ao estilo dos momentos mais pesados de uns Morbid Angel (dos quais Rutan fez parte) mas mais brutal, mais pesado e num ritmo impressionante. Este ritmo avassalador e intenso acaba por dar um pouco de sensação de repetitividade, pois neste trabalho não há espaço para respirar seja em que momento for, sentimento que se dissipa ao longo das subsequentes audições e conforme se vão descobrindo as diferentes camadas de que é composto o material apresentado. O álbum é inspirado e dedicado a Jared Anderson, ex-membro da banda e amigo de Erik, que faleceu o ano passado.

http://www.myspace.com/haeteternal

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Será que ainda existe espaço para o Hard Rock no mundo da música??

7 02 2008

Estilo de música que teve o seu apogeu nos finais dos anos 80, hoje em dia é por muitos parodiado. Longe do glamour e das vendas de discos astronómicas a que teve direito quando era o género musical mais apreciado e comercializado à face da terra, acabou por ter o mesmo destino a que foram votadas as outras subculturas. Como se já não fosse estranho ver na mesma frase os termos Hard Rock e subcultura, mais estranho ainda é falar-se neste estilo musical actualmente quando o que domina as atenções são estilos como hip-hop e música electrónica, e até mesmo para os apreciadores de Rock ou Heavy Metal os termos Emo, Alternative ou Math são mais comuns hoje em dia. Nada contra estes estilos, que isto fique claro, apenas acho que há espaço para todos os gostos e não posso deixar de me insurgir contra o facto de ver os gostos massificados nos meios audiovisuais a que temos direito, onde não há muito lugar para a diversidade, salvo algumas excepções. Por isso tem sido com bastante agrado que tenho verificado nestes últimos tempos, por entre os fóruns de música que tenho visitado, ainda existirem bastantes fãs de Hard Rock, alguns de idades tão tenras que ainda passeavam de testículo em testículo ou borravam alegremente as fraldas aos papás quando a maior parte das bandas de que são fãs andavam a dar música ao mundo, em harmonia com outros mais “velharucos”, partilhando gostos e conhecimentos. Num desses fóruns mais activos, o final de 2007 trouxe os habituais debates acerca de quais teriam sido os melhores lançamentos nesse ano, e ao que parece a “colheita” de 2007 não terá sido má de todo. O resultado foi a elaboração de uma lista que poderá servir de referência aos apreciadores deste estilo mais desligados nos últimos anos devido às vicissitudes da vida ou àqueles mais curiosos que sintam a necessidade em conhecer o que se tem passado na cena, acentuando que se trata da opinião de fãs e não de críticos de música. Os nomes indicados são bastante variados e em número suficiente para agradar a todos os gostos, desde os apreciadores mais exigentes do Hard Rock de sonoridade mais agressiva, passando pelo Glam Rock mais “sleazy” até ao AOR mais acessível

Crashdiet – Unattractive Revolution
Scorpions
– Humanity Hour I
Joe Lynn Turner
– Second Hand Life
Burn
– Global Warning
The Poodles
– Sweet Trade
Last Autumn’s Dream
– Saturn Skyline
Ted Poley
– Smile
Stan Bush – In This Life
Gotthard – Domino Effect
Richie Kotzen
– Return Of The Mother Head’s Family Reunion
Ken Hensley – Blood On The Highway
White Wolf
– Victim Of The Spotlight
Two Of A Kind – Two Of A Kind
Russel Allen / Jørn Lande – The Revenge
Voices Of Rock – MMVII
David Readman – David Readman
WildKard – Megalomania
II Guys From Petra – Vertical Expressions

Dos nomes indicados, dentro daquilo que ouvi, o meu destaque vai para os seguintes trabalhos:

Richie Kotzen – Return Of The Mother Head’s Family Reunion
Richie Kotzen

Nome relativamente desconhecido para a grande maioria do público português, é com espanto que vejo este músico permanecer no anonimato, isto é, no que ao nosso país diz respeito… Aqueles mais familiarizados com a cena Hard Rock poderão reconhecer o nome em trabalhos das lendárias bandas do género Mr. Big e Poison, onde este músico teve a ingrata tarefa, por razões diferentes, de substituir o fabuloso Paul Gilbert e o carismático C.C. DeVille, respectivamente. Verdade seja dita, o guitarrista até nem se safou mal em qualquer uma destas posições, obrigando ainda, no caso dos Poison, a assinar aquele que é provavelmente o trabalho mais ousado e sério da banda, muito graças às suas influências na composição da música. Eu próprio reconheço que só recentemente entrei em contacto com a música deste senhor, muito devido às minhas divagações por fóruns onde o seu nome aparece com bastante insistência na secção Hard Rock. Estamos a falar de um músico que já leva cerca de 25 (repito, 25!!!!!!) trabalhos editados e uma linha de guitarras e amplificadores da Fender com a sua assinatura. A variedade musical nos seus trabalhos também é notória, onde temos álbuns cheios de virtuosismo à melhor tradição dos “guitarristas dominarão o mundo”, a outros onde o blues e o jazz de fusão são reis, contando-se ainda com colaborações com músicos como Greg Howe e a lenda viva do jazz norte-americano Stanley Clarke. Pois bem, quando em 2007 Richie Kotzen anunciou que iria dar continuidade ao disco lançado em 1994 intitulado Mother Head’s Family Reunion, a reacção de entusiasmo por parte dos seus fãs foi algo comparável (e passo a citar um desses fãs…) ao anúncio do regresso da formação original dos Guns N’ Roses com o lançamento de novo álbum intitulado Appetite For Destruction Pt. II. Esta afirmação, exagerada para uns ou irrelevante para outros, serve apenas para ilustrar o impacto que a música deste senhor tem em inúmeros fãs de Hard Rock espalhados pelo globo. Tendo por base um Hard Rock de primeira qualidade, Kotzen junta-lhe paladares extra retirados directamente do Blues, Jazz, Funk e Soul para criar uma fusão de sabores cheias de groove e sentimento que encontram a sua morada em canções, na verdadeira acepção da palavra, que flúem naturalmente nos pavilhões auriculares do ouvinte. E é de louvar ver um músico deste calibre compor música sem se deixar enlear nas teias do tecnicismo e virtuosismo sem sentido, optando por dar primazia a canções de qualidade, por mais simples que sejam. Sem mais palavras, aconselho apenas a que dêem uma audição neste disco e tirem as vossas próprias conclusões.

http://www.richiekotzen.com/
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Russel Allen / Jørn Lande – The Revenge

Allen Lande

Dentro de um espectro mais pesado no Rock, o ano de 2007 viu o lançamento do segundo álbum da associação entre dois dos mais conceituados vocalistas da actualidade: Russel Allen e Jørn Lande. Russel Allen é conhecido por ser vocalista da banda de Metal Progressivo americana Symphony X, a qual integra desde 1995. Jørn Lande é um prolífico vocalista que para além de possuir já uma extensa carreira a solo, tem exercido o seu talento vocal em inúmeros projectos dentro do Heavy Metal, Hard Rock e Progressivo, sendo os de maior destaque Vagabond, Masterplan e ARK. Ambos reúnem-se pela segunda vez para a gravação de The Revenge, um excelente álbum de Hard N’ Heavy. A criação deste projecto deve-se ao talento de Magnus Karlsson, guitarrista, compositor e músico residente dos projectos The Last Tribe e Starbreaker, o qual é o responsável pela composição das músicas cantadas por Allen e Lande, proporcionando o território perfeito para os dois vocalistas demonstrarem os seus enormes talentos como intérpretes, tanto em músicas onde cantam isoladamente como em duelos de vozes noutras, em linhas vocais bastante variadas. Se já o primeiro álbum (The Battle, de 2005) tinha deixado qualquer fã do género a salivar por mais, este novo lançamento não deixa os créditos em mãos alheias e volta a deixar em patamar elevado os padrões de qualidade. O álbum é composto por 12 temas maioritariamente a meio-tempo mas onde há espaço também para músicas rápidas e pesadas e para clássicas baladas, repletas de sentimento. Como principal factor para a qualidade do projecto prende-se o facto de este álbum não se resumir a uma simples reunião de duas vozes que são referência no metal mundial, apresentando músicas onde as linhas vocais se encontram em harmonia com um estilo simples e ao mesmo tempo arrojado, com refrões extremamente bem concebidos e empolgantes, influências progressivas, de metal melódico e rock anos 70’s. O resultado é um óptimo disco de rock capaz de prender o ouvinte durante largo tempo numa rede de melodias e linhas vocais que permanecem na memória e nos obrigam a ouvir novamente. Sem dúvida, uma peça de fino Hard Rock que não destoará quando posto ao lado dos CD’s do género nas vossas discografias.

http://www.myspace.com/allenlande2

Scorpions – Humanity: Hour I

Scorpions

Mais um disco para a já longa carreira destes veteranos do Rock. Estamos perante uma banda que dispensa qualquer tipo de apresentação e que merece todo o respeito e reverência dos fãs de Hard Rock pela carreira desenvolvida, iniciada nos já há muito idos anos 70, e pelos álbuns de elevada qualidade que souberam produzir. No entanto, verdade seja dita, a carreira da banda nos últimos anos dava indícios de acusarem algum desgaste e de perder a pujança demonstrada nos álbuns lançados nos finais dos anos 70 e princípios dos anos 80, optando por uma postura bastante colada à Pop mais acessível e perdendo-se em experimentações de sonoridades às quais não estão habituados, com consequências um tanto ou quanto inquietantes. Tendo em conta tal situação, a pergunta que se coloca é se um novo álbum desta banda continuará a ser relevante actualmente? Já lá vamos… Após uma longa travessia pelo deserto criativo, o ano de 2004 vê a banda pôr a “azeitice” um pouco de lado e voltar a ganhar alguma da sua força antiga com o lançamento de Unbreakable. Este novo álbum é um digno sucessor de Unbreakable, resultando de uma colaboração entre a banda e os produtores James Michael e Desmond Child (este último conhecido por ser um autêntico “hitmaker”). O tema-título abre o álbum mostrando todo o peso que a banda voltou a injectar na sua sonoridade, com uma bateria forte e riffs de guitarra de toada grave e som bastante comprimido, com a voz característica de Klaus Meine lá no topo do bolo ainda bem conservada, embora já não se oiçam os registos mais agudos de outros tempos. Dado o mote, o resto do álbum é um desfilar de músicas com óptimos refrões (destaque desde já para The Game Of Life, com um refrão do tamanho do mundo) e carregadas de melodias cantaroláveis, misturada com baladas de elevada sensibilidade Pop. De facto, a banda consegue criar um bom equilíbrio entre o Hard Rock de contornos Heavy e o Rock de contornos Pop que produziu ao longo dos anos 90 até aos trabalhos mais recentes. Espaço ainda para alguns convidados, nomeadamente Eric Brazilian na guitarra em Love Will Keep Us Alive e Billy Corgan com vozes em The Cross. Voltando à questão anteriormente colocada… Humanity: Hour I é sem dúvida um álbum capaz de agradar aos fãs de Scorpions, inclusive aos mais exigentes, embora estejamos longe de um Blackout, álbum clássico da carreira destes alemães. Será que se pode exigir mais de uma banda com mais de 30 anos de carreira do que continuar a produzir álbuns uns furos acima da média?? Apesar de tudo, este trabalho consegue ser um dos melhores de 2007 dentro do género…

http://www.the-scorpions.com/
http://www.myspace.com/officialscorpions

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Destaques do mês de Janeiro

5 02 2008

Ayreon – 01011001

O destaque para os lançamentos do mês de Janeiro vai para o regresso do projecto Ayreon do prolífico músico Arjen Lucassen, lançando assim mais um álbum pleno de qualidade no espectro do Rock / Metal progressivo. Já conhecido por ser mestre em compor discos conceptuais usando as estruturas naturais do rock ópera, Arjen (que no álbum toca guitarra, teclados e sintetizadores, baixo e encarrega-se também de algumas programações, para além de dar voz a uma das personagens do enredo) volta a rodear-se de alguns dos melhores e mais conceituados vocalistas do universo Rock / Metal nesta sua nova aventura. Desta vez, a lista de ilustres convidados inclui personalidades como:

Anneke van Giersbergen [Agua de Annique, The Gathering]
Bob Catley [Magnum, Hard Rain]
Daniel Gildenlöw [Pain Of Salvation, The Flower Kings]
Floor Jansen [After Forever]
Hansi Kürsch [Blind Guardian, Demons & Wizards]
Jonas Renske [Katatonia, October Tide, Bloodbath]
Jørn Lande [Vagabond, Yngwie Malmsteen, Mundanus Imperium, The Snakes, Millenium, ARK, Beyond Twilight, Brazen Abbot, Masterplan, Allen/Lande, Ken Hensley]
Liselotte Hegt [Dial]
Magali Luyten [Beautiful Sin, Virus IV]
Marjan Welman [Elister]
Phideaux Xavier
Simone Simons
[Epica]
Steve Lee [Gotthard]
Tom S. Englund [Evergrey]
Ty Tabor [King’s X, Platypus, The Jelly Jam, Jughead, Xenuphobe]
Wudstick

Não é só no departamento vocal que Arjen conta com preciosa ajuda, uma vez que 01011001 conta também com o talento de músicos como os guitarristas Michael Romeo (Symphony X), Lori Linstruth (Warbride, Stream Of Passion), os teclistas Derek Sherinian (Dream Theater, Planet X), Joost Van Den Broek (After Forever) e Tomas Bodin (The Flower Kings), do baterista Ed Warby (Gorefest) e ainda Jeroen Goossens (flautas), Ben Mathot (violino), David Faber (violoncelo), que assim acompanham Arjen.

Seguindo a linha de história desenvolvia nos anteriores Into The Electric Castle, Universal Migrator e no extremamente bem concebido The Human Equation, este novo álbum apresenta-nos uma intricada história sci-fi em dois discos, o 1º intitulado “Y” e o 2º “EARTH”. Ao contrário do anterior álbum, o já referido The Human Equation, onde é apresentada um história muito clara sobre um homem em coma que se debate contra os seus próprios medos e sentimentos, enquanto dialoga com as diferentes facetas da sua própria personalidade e revive os momentos mais marcantes da sua própria vida, a história desta vez é um pouco mais abstracta onde o conceito desenvolvido aborda a dependência na tecnologia e a extinção da humanidade. A própria música que a acompanha é um pouco mais negra que o habitual nos trabalhos de Arjen, com momentos mais ambientais em contraposição com outros mais épicos, e excelentes arranjos melódicos a acompanhar um trabalho que é maioritariamente orientado para a voz dos diferentes convidados, e onde nenhum pormenor é deixado ao acaso. A música desenvolve-se num terreno não muito definido entre o rock e o metal de contornos progressivos e sinfónicos, alternando diferentes paisagens musicais sem nunca soar forçado ou desfasado da linha condutora ao longo dos dois discos. Sem atingir os níveis de genialidade que se podem encontrar no trabalho anterior, estamos no entanto perante um bom trabalho que não deixará de agradar aos fãs do projecto e que urge conhecer para quem é apreciador do género, constituindo também uma oportunidade única de ouvir duetos inimagináveis e de sonho entre algumas das melhores vozes existentes no mundo do Metal.

Para matar um pouco a curiosidade, ficam aqui disponíveis alguns links com vídeos de apresentação para o álbum:

http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=22873436
http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&VideoID=25458577
http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&VideoID=25162960

Acerca deste trabalho e dos projectos desenvolvidos por Arjen Lucassen, encontrem mais informação em:

http://www.ayreon.com
http://www.myspace.com/ayreonauts


Outros destaques

Avantasia – The Scarecrow

Avantasia

Ao fim de sete anos desde a edição do último álbum com o nome Avantasia, Tobias Sammet volta a pôr de parte algum do tempo livre disponível pelos seus Edguy para ressuscitar este projecto “all-star” e criar o sucessor para as duas metades de The Metal Opera. A novidade Scarecrow volta a desenvolver-se no conceito rock ópera (será Janeiro o mês devoto a este género??) no sentido em que cada vocalista interpreta um personagem na história apresentada. Como não podia deixar de ser, ao nível das vocalizações o disco volta a estar marcado pela presença de ilustres convidados como:

Amanda Somerville
Alice Cooper
Bob Catley
[Magnum, Hard Rain]
Jørn Lande [Vagabond, Yngwie Malmsteen, Mundanus Imperium, The Snakes, Millenium, ARK, Beyond Twilight, Brazen Abbot, Masterplan, Allen/Lande, Ken Hensley]
Michael Kiske [Helloween, SupaRed, Place Vendome]
Oliver Hartmann [At Vance, Empty Tremor]
Roy Khan [Kamelot, Conception]

Também na parte instrumental são notórias as participações de músicos de renome como os guitarristas Henjo Richter (Gamma Ray), Kai Hansen (Helloween, Gamma Ray), Rudolf Schenker (Scorpions), Sascha Paeth (Heaven’s Gate) e o baterista Eric Singer (Kiss, Alice Cooper, ESP). O estilo desenvolvido no álbum encontra-se mais dentro do Heavy / Power Metal, surgindo a espaços também influências de Hard Rock e AOR ou até rock sinfónico. Ao contrário dos seus antecessores, a novidade The Scarecrow soa mais coesa e definida, resultando num bom disco capaz de fazer as delícias dos fãs. Destaque ainda para grandes momentos como The Toy Master, a única música onde Alice Cooper emprega o seu talento, com resultados sublimes e arrepiantes, ou The Scarecrow, outra música deste álbum de boa qualidade.

Visitem o site do projecto em

http://www.tobiassammet.com/

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